sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Mural - Roberto Moreno

Hoje Roberto Moreno completa 52 anos. Mais do que um mero piloto, Moreno traz em sua história as marcas de uma carreira com dificuldades mas cheia de superações e persistência.


Nascido no Rio de Janeiro em 11 de fevereiro de 1959, mudou-se para Brasília aos 14 anos. Seu interesse pela mecânica começou nas bicicletas, e só cresceu ao ganhar uma motocicleta de seu pai. Moreno, atraído pela curiosidade, passou a visitar com frequência a Camber (oficina de propriedade de Alex Dias Ribeiro, da qual Nelson Piquet era mecânico).
Moreno começou no automobilismo através do kart, sendo campeão brasiliense da modalidade em 1975. No ano seguinte, sagrou-se campeão nacional na categoria 125cc. Alguns meses depois do título, Moreno sofreu um grave acidente de motocicleta, que interrompeu a carreira em crescimento por dois anos.

Em 1979, Moreno decide seguir os passos de seu amigo Nelson Piquet, que já competia fora do país desde 1977, e vai para a Inglaterra correr de F-Ford. Mesmo com a grana curta, Moreno compra um chassi, e faz algumas corridas esporádicas. No final do ano, duas vitórias e a 6ª posição no campeonato. Moreno ainda faz uma prova na F-Ford 2000, termina na segunda colocação, e ainda quebra o recorde do circuito de Mallory Park. Moreno foi considerado a revelação do ano.

Para o ano seguinte, Moreno continuou na categoria e foi contratado pela equipe de fábrica da Van Diemen. A temporada rendeu bons frutos. Campeão da F-Ford 1600 BRSCC, vice-campeão do campeonato europeu (sendo que Moreno perdeu uma etapa, por coincidir com o calendário britânico) e o 1º lugar no festival mundial da categoria.

Para 1981, um contrato de piloto de testes da Lotus é assinado, porém Moreno não realiza muitos testes. A partir desse ano, o 'SuperSub' (Moreno ganhou esse apelido nos EUA após ser constantemente convidado para participar de corridas em substituição de algum outro piloto) entra em ação. Um piloto havia sofrido um acidente, e Moreno foi convidado pela equipe Barron para fazer um teste "[...] me chamaram para fazer um teste, me adoraram, e demos sequência [...]". Moreno fez um bom ano pela Barron, obtendo 2 vitórias e 2 pódios e 10 pontos no fim do campeonato.

Moreno e De Angelis em Zandvoort
Créditos: Rianov Albinov
Chegamos a 1982, e com ele, uma oportunidade de ouro para Moreno. Nigel Mansell havia quebrado a mão e não poderia participar do GP da Holanda daquele ano. "SuperSub" entra em ação, mas não corresponde às espectativas. O motivo? Deixemos o próprio explicar: "[...] E quando chegou o teste antes da corrida, não me deixaram testar porque o Mansell queria tentar andar. Com isso eu não andei no carro. E fomos para Zandvoort num carro-asa, em que a curvona antes da reta você fazia de pé no fundo, e tudo de que você precisava era ser forte para segurar o volante. E eu não tinha esse hábito. Só aprendi isso em 1984 quando andei de carro-asa de F-2, aí eu aprendi como se fazia. Então foi muito em cima, eu não me classifiquei [...]." . Nas demais partes da pista, seu tempo era muito próximo ao tempo conseguido por Elio de Angelis. 


O fato de não ter conseguido se classificar para a corrida deixou o filme de Moreno 'queimado' no paddock da F1 durante um bom tempo. Mas outras oportunidades surgiram para ele. O GP de Macau, do qual Moreno foi o vencedor, foi uma delas. Em 1983, resolve tentar a sorte na América. Passa pela F-Atlantic e pela Indy, sem deixar de fazer algumas corridas pela F2. Porém, a obstinação pela F1 o faz trocar uma carreira em ascensão plena por um futuro incerto na F3000 em 1987.

Durante o ano, Moreno recebe uma proposta vinda da AGS, que precisava de alguém que conseguisse acertar aquele saco de bombons (como diria o Zenas). Moreno aceita o desafio e, em um teste em Paul Ricard, a uma semana do GP da Espanha, o avanço no entendimento do carro era imenso. "[...] No fim, eu melhorei quase quatro segundos com aquele carro, só em amortecedor, mola e sistema de usar a borracha, eu [...] consegui direcionar a equipe porque eles não sabiam direito como funcionava. E ficaram muito impressionados [...]". A temporada de F3000 segue normalmente e Moreno mostra que a aposta valeu a pena, ficando com o 3º lugar na classificação final.

A AGS gostou tanto dos serviços do "SuperSub", que o ele entrou em ação novamente. Substituindo Pascal Fabre, Moreno vai para Suzuka participar do primeiro GP do Japão naquela pista. Aproveitando-se do fato de já ter corrido na pista em 1985, coloca a AGS no 14º posto da tabela no fim do primeiro treino livre. Espanto geral no paddock. 'Como era possível uma AGS não estar no final da lista?' Mas na classificação tudo volta ao normal e Moreno fecha o grid com a 26ª e última posição. Uma pane elétrica acabou com a sua corrida no 38 º giro.

Para o GP da Austrália o roteiro era praticamente o mesmo: Largar do fundão e esperar pra ver até onde o carro aguentaria. Mas, surpreendendo todos novamente. Mais uma vez, com a palavra, Moreno:

"[...] larguei em penúltimo e terminei em sétimo. O (Ayrton) Senna foi desclassificado com a Lotus, e eu terminei em sexto fazendo um ponto para a AGS, que deu a eles a vantagem de todos os custos de viagem deles serem pagos pela Foca [...]."


Para 1988, Moreno teria um carro para competir. A AGS tinha um acordo com o piloto. Seria a primeira vez em muitos anos que isso iria acontecer. Seria, porque a equipe não consegue juntar os patrocínios suficientes para bancar a caga de Moreno. Como boa parte desses patrocinadores eram franceses, a pressão por um piloto francês em uma equipe francesa era muito grande. E Philippe Streiff ficou com sua vaga. Isso foi em fevereiro. Todas as principais equipes da F3000 já tinham seus pilotos definidos. Mas no fim das contas, Moreno conseguiu se firmar em uma equipe. Com uma condição: que ele arranjasse chassi e motor de graça.


A carreira poderia ter acabado ali, mas ele conseguiu. Dormiu em frente a fábrica da Reynard, convenceu o chefe de vendas, e obteve o chassi. Para conseguir o motor foi mais simples. Em suas várias corridas pelo mundo, Moreno, que venceu o GP da Austrália de 1981, 1983 e 1984 usando motores da Nicholson McLaren, que prontamente se dispôs a ajudar o piloto. Tudo certo agora. Piloto, chassi, motor, mecânico e engenheiro.  A temporada foi muito complicada. Moreno venceu 4 etapas, teve um 4º lugar, e  dois 5º lugares. Nas demais corridas, ele abandonou. Em um campeonato com 12 corridas, esse número é muito alto! Mesmo com todos os contratempos, Moreno venceu o campeonato, e ainda recebeu um convite para ser piloto de testes da Ferrari, que procurava algum piloto experiente para desenvolver o câmbio semi-automático. O contrato era simples. No primeiro ano, piloto de testes. No segundo ano, a Ferrari bancaria a vaga do piloto em alguma equipe e no terceiro ano, Moreno correria pela Scuderia de Maranello.



Tudo ocorria conforme o previsto. Moreno testou exaustivamente durante 1988, foi para a Coloni em 1989, mas 'Il Comendadore' Enzo Ferrari morreu. Então a FIAT assumiu o controle da Ferrari. Cesare Fiorio, que passava a ser o chefão, ignorou a terceira parte do contrato e o sonho do brasileiro pilotar pela Ferrari morreu ali.





Tempos difíceis se iniciaram. Pela Coloni, Moreno pouco pôde fazer. Durante a temporada de 1989, ele se classificou apenas  para 4 GPs, sequer passando da pré-classificação em vários deles. O destque positivo ficou por conta do GP de Portugal, no qual Moreno conseguiu classificar seu carro na 15ª posição. Porém uma batida com Eddie Cheever no warm-up destruiu seu carro e o fez recorrer ao carro reserva, que não tinha as mesmas atualizações. Sua corrida durou até a 11ª volta, quando seu carro parou com problemas elétricos.

Em 1990, a pindaíba só continuava. A EuroBrun não era muito melhor que a Coloni. Tanto que Moreno só consegue se classificar para dois Gps, sendo que, em um deles, sequer larga. A equipe faliu após o GP da Espanha, deixando o brasileiro a pé. Mas eis que o "SuperSub" entra em ação novamente: Moreno estava na Inglaterra tentando conseguir um lugar pra correr no ano seguinte, quando é dada a notícia de que Alessandro Naninni perdeu o braço em um acidente de helicóptero. Imediatamente a Benneton faz o convite ao brasileiro, que prontamente aceita.

O resto é história. Moreno fez os dois últimos GPs da temporada pela Benneton. Conseguiu um pódio no GP do Japão, e um 7º lugar no GP da Austrália. A equipe decide continuar com a dupla brasileira para a temporada de 1991. Até o GP da Bélgica...
 A única cláusula pela qual eles poderiam me tirar de lá [da Benneton] era de que eu não era mentalmente ou fisicamente apto a dirigir. Eu tinha acabado de ser quarto colocado na Bélgica, fazendo a volta mais rápida, e eles vieram com [...] a demissão.
Moreno acaba indo para a Jordan e disputa duas corridas com o carro verde: os GPs da Itália e de Portugal. Na primeira, abandono na 3ª volta. Na segunda, 10º lugar. Para o GP da Austrália, nova dança das cadeiras. Prost, que criticou publicamente a Ferrari, recebeu o bilhete azul. Em seu lugar, entrou Gianni Morbidelli, que deixou uma vaga na Minardi. Quem o substituiu? O "SuperSub", claro! Aquele GP foi caótico. Uma chuva torrencial lavou o circuito. A corrida teve apenas 14 voltas, sendo a mais curta da história da F1. Moreno terminou a corrida na 16ª colocação, a uma volta do vencedor, Ayrton Senna.

Chegando a 1992, Moreno acerta com a Andrea Moda. A equipe era um caos. Digna do título de 'pior equipe da F1'. Tanto que a equipe foi excluída do mundial por 'manchar a imagem da categoria'. Não existem muitos fatos a serem contados. Apenas a honrosa classificação de Moreno para o GP de Mônaco.

[...] Eu tive a oportunidade de classificar o carro em Mônaco e fui aplaudido de pé por todos os engenheiros e chefes de equipes da F-1 quando entrei nos boxes. Aquele momento foi para mim o melhor. Foi um reconhecimento enorme do que eu fiz. O carro superaquecia na quinta volta, só podia fazer quatro voltas para classificar, e mesmo assim consegui, no meio do grid. Nos últimos minutos, a pista estava mais rápida, e eu nos boxes com problema mecânico. Fiquei em último [...].

No restante do ano, nada de mais aconteceu. O carro era uma draga, e sequer passava da pré-classificação. Perry McCarthy, o outro piloto da equipe, não chegou a andar 20m com o carro no GP da Espanha. O motor estourou ainda no pit-lane!

Moreno retornou para os EUA, buscando reconstruir sua carreira. Ficou por lá até meados de 1994, quando surge a oportunidade de pilotar a horrenda Forti-Corse. O carro não passava de um F3000 modificado, e o papel de Moreno era claro. Ser o professor de Pedro Pago Paulo Diniz.
Ao final da temporada, 5 corridas concluídas, e o 14º lugar no GP da Bélgica foi o máximo que ele conseguiu. O GP da Austrália de 1995 foi a última corrida de Moreno na F1.

A partir de 1996, Moreno voltou-se totalmente para os EUA. Sua primeira temporada nesse retorno foi cheia de altos e baixos. O melhor resultado foi o 3º lugar nas 500 milhas dos EUA. Ao total foram 25 pontos e a 21ª colocação na tabela.

1997 foi um ano curioso. Começou o ano na Payton\Coyne, mas participou apenas da primeira corrida, em Miami. Em Surfers Paradise, Christian Fittipaldi bateu violentamente, e quebrou as pernas. Moreno foi convidado para correr em seu lugar. E fez um bom trabalho, diga-se. Christian retornou às competições, mas pouco tempo depois, Mark Blundell se machucou, e Moreno foi substituí-lo. Mesmo sem ter participado de todas as provas, mesmo correndo por três equipes diferentes, o brasileiro fechou o ano com 16 pontos e a 19ª colocação.

Nos dois anos seguintes, Moreno segue na rotina de ser um piloto substituto. Destaque para o segundo lugar obtido em Laguna Seca com a Newman/Haas no ano de 1999. Uma curiosidade: era pra Roberto Moreno ter substituido Greg Moore na última corrida da temporada. Como sabemos, Moore quis correr mesmo com a mão machucada, acabou escapando da pista, e morreu devido à gravidade da batida.

O ano de 2000 foi especial para Roberto Moreno. Desde 1996 o piloto não fazia uma temporada completa pela mesma equipe. E, pela Patrick, seu talento foi comprovado. 6 pódios, entre eles, uma vitória em Cleveland (primeira foto do post). Essa era sua primeira vitória desde a F3000, no longínquo ano de 1988.
[...] Aquela emoção em Cleveland foi de um sucesso atingido. Depois de 12 anos, havia conseguido. Aquilo veio para fora, e foi muito bacana. Mais uma vez, entrei nos boxes e fui aplaudido pelos membros da Cart.
Moreno fechou a temporada no 3º lugar com 147 pontos, e foi uma das gratas surpresas da temporada.

Em 2001, ainda pela Patrick, as coisas não se saíram tão boas quanto no ano anterior. Moreno venceu uma prova (Vancouver), e obteve mais dois pódios, porém o restante da temporada foi muito irregular. 76 pontos e a 13ª colocação.

Em 2003, Moreno chega a anunciar sua aposentadoria, que não chegou a ser concretizada. Ele continuou fazendo corridas esporádicas pela ALMS, Stock Car Brasil, IRL. Até que chegamos às 500 milhas de Indianápolis de 2007. Moreno foi chamado às pressas para substituir Stéphan Gregoire. O carro estava completamente 'zoado' e foi um ato de heroísmo conseguir classificá-lo.



[...] Eu quase bati em todas as curvas em todas as voltas. Eu dava umas atravessadas, o carro ia, e só tentando contornar [...].
Durante a corrida, Moreno vinha fazendo um bom trabalho, até que na volta 36, ao ser ultrapassado, foi para o lado sujo da pista, e acabou beijando o muro.
[...] Não tinha condições de correr com ele [o carro]. Com o acerto de corrida, você andava com o pé no fundo e ia na casa de 216. Se tirasse a asa, andava 220. O pessoal, com asa, andava 221, 222. Não tinha um carro de corrida[...].
Moreno ainda não se aposentou de fato. Ele fez algumas corridas de GTs, e atualmente é um 'driver coach'. Uma espécie de instrutor de pilotagem.

Ele é, sem dúvidas, a prova de que números são apenas números quando falamos de automobilismo. Esta é a singela homenagem do Shakedown Motorsport ao "Operário do Automobilismo", como disse certa vez Téo José. Muito feliz, essa frase.

Feliz aniversário, Roberto "Pupo" Moreno!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Mural - Robert Kubica



Todos sabemos que Robert Kubica passa por mais um momento difícil em sua carreira. Este não é o primeiro, é verdade, mas com certeza, é o mais grave.

No último domingo, o polonês, que participava do "Ronde di Andora" sofreu um grave acidente, ao ter seu Skoda Fabia S2000 adentrado por um guard-rail (mau sustentado, pelo visto) que praticamente feriu todo o lado direito de seu corpo. Primeiramente, surgiram hipóteses de que a mão direita do piloto fosse amputada, mas, logo após uma cirurgia de 7h de duração, essa hipótese estava quase descartada. A cirurgia de reconstrução da mão foi um sucesso. A área está vascularizada novamente, e após um período de 5 a 6 dias, os médicos vão poder dar um diagnóstico mais preciso sobre a situação de Kubica. Além da mão dilacerada, ombro, cotovelo, perna, e pé (todos na parte direita de seu corpo) tiveram fraturas. Novas intervenções deverão ser realizadas em breve.

O que se sabe até o momento, é que Kubica deve perder a temporada de 2011 da F1. O que é de se lamentar, visto que o polonês saiu da primeira sessão de testes coletivos da categoria com a melhor marca, e prometia ser um dos grandes nomes do ano.

A Renault (tratemos apenas como Renault, por enquanto) corre atrás de um substituto para a vaga do polonês. Os principais postulantes são Bruno Senna e Nick Heidfeld, que farão uma espécie de 'vestibular' na segunda sessão de testes coletivos, que será iniciada nesta quinta-feira em Jerez de la Frontera. A única informação revelada é que Vitaly Petrov comandará o R31 nos dois primeiros dias de testes, sendo que a programação para os possíveis substitutos ainda não foi divulgada.

Separei alguns instantâneos do polonês em alta resolução para vocês. Espero que gostem!

Valência 2011
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Yeongam 2010
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PS: Reparem nos funcionários concluindo o circuito!
Monza 2010
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Hungaroring 2010
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Singapura 2009
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Hungaroring 2009
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Mônaco 2008
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Canadá 2008
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Canadá 2008
(clique para ampliar)



domingo, 21 de novembro de 2010

A Primeira do Ayrton

Uma Belissima foto da largada do Grande Prêmio de Portugal de 1985, disputado no circuito do Estoril. Ayrton lidera na largada naquela que viria a ser sua primeira vitória na Formula 1 com a Lotus.

澳门格兰披治.... Ou melhor, MACAU GRAND PRIX

Hoje é dia de Macau Grand Prix, uma das provas mais tradicionais do automobilismo mundial....
Pra quem nao conhece, é um traçado meio estranho, muito estreito onde tem um fim de semana com corridas do WTCC, Formula 3 e Motociclismo. É conhecido por suas batidas logo na largada, e o desenrolar da corrida é como uma "Prova de Sobrevivência", sendo já um "ganhador" quem não encosta nos Guard-Rails. Enfim, é uma prova interessante, tão tradicional quanto o GP de Mônaco da F-1 ou um Indy 500 (são totalmente diferentes, mas cada uma são importantes nas suas respectivas categorias.)
Quem puder acompanhar nessa madrugada, vale a pena  e muito.
Algumas imagens da corrida de classificação de hoje.

 

sábado, 20 de novembro de 2010

Foto do dia: Os primeiros testes com pneus Pirelli

 Michael Schumacher
 Nico Rosberg
 Timo Glock
 Felipe Massa
 Jaime Alguersuari
 Pastor Maldonado
e o Campeão de 2010, Sebastian Vettel.

domingo, 7 de novembro de 2010

Track Analysis - Kyalami

Há 49 anos, o circuito sul-africano recebia sua primeira corrida e começava sua história no automobilismo mundial

Localizado em Midrand, entre Johanesburgo e Pretória, na África do Sul, o circuito de Kyalami é um dos mais importantes traçados do continente africano. Seu nome vem do idioma zulu e significa "Minha casa".

Foi projetado no início dos anos 1960, tendo sido inaugurado no dia 4 de novembro de 1961.

Por estar a 1.700m acima do nível do mar, Kyalami oferece uma situação diferente a quem por lá compete: devido à menor pressão atmosférica, os motores dos carros rendem menos que o normal, perdendo um pouco de potência (há quem fale em até 15% de perda). O terreno desnivelado é uma outra dificuldade que os pilotos encontram no circuito. O traçado, muito exigente, requer um ajuste especial, especialmente por causa da variação de relevo, a aderência do asfalto e a alternância entre curvas rápidas e lentas.

Desde a sua inauguração, Kyalami sofreu três modificações no traçado. A primeira delas ocorreu em 1987 e foi a mais significativa. O circuito original era dotado de uma enorme reta dos boxes, com variação de relevo, tendo, inclusive, um ponto cego numa descida ao fim do longo trecho. Com as modificações, a reta foi deixada de lado e a pista, outrora muito rápida, tornou-se mais travada. Outra modificação veio em 1992, quando o circuito foi ligeiramente ampliado e ganhou uma nova reta dos boxes. Depois houve a inclusão de uma chicane no lugar da curva 12, mas a mesma foi retirada em 2009. Apenas um trecho original subsiste, compreendido entre a Sunset Bend e os Esses. Apesar de todas essas melhorias, o traçado preferido pelos pilotos e fãs de automobilismo é o original, que, infelizmente, hoje encontra-se indisponível.




Recebeu a Fórmula 1 e o Grande Prêmio da África do Sul por quase 20 anos ininterruptos, entre 1967 e 1985. Grandes nomes da história da categoria, como Jim Clark, Niki Lauda e Jackie Stewart, desfilaram pelo circuito com seus carros. O primeiro vencedor de um GP no local foi o mexicano Pedro Rodriguez, a bordo de um Cooper-Maserati. Niki Lauda é quem detém mais vitórias, 3 no total (1976, 1977 e 1984).


Um grave acidente marcou o Grande Prêmio de 1977. Na volta 22, em plena reta dos boxes, dois fiscais atravessaram a pista inadvertidamente para socorrer o piloto italiano Renzo Zorzi, que havia abandonado a corrida 1 volta atrás e tentava apagar o fogo de seu carro. O britânico Tom Pryce, companheiro de equipe de Zorzi, acabou atropelando um dos ficais a uma velocidade de 280 km/h. O fiscal de pista foi reconhecido apenas por exclusão, já que era impossível o reconhecimento da vítima, enquanto Pryce também faleceu, pois foi atingido em cheio pelo extintor que o bombeiro carregava e teve seu capacete arrancado. O acontecimento chamou atenção para a falta de segurança da pista e o despreparo dos comissários de prova.

Em 1985, a prova foi marcada pela crise política causada pelo Apartheid. Algumas equipes se recusaram a correr, enquanto outras desfilaram seus carros sem patrocínios. Em 1986, o circuito foi banido do calendário da F1 e somente voltou após o fim do regime de segregação.

Já com a nova configuração, o circuito voltou a sediar provas de Formula 1 em 1992, mas desde 1993, com a falência do organizador da prova, Kyalami não recebe a categoria.

Também sediou corridas do Mundial de Motovelocidade (entre 1983 e 1985, além de 1992), da World Superbikes (entre 1998 e 2002 e a partir de 2009), da GP Masters (2005) e da A1 GP (2009).

Ficha técnica
Distância da corrida: 306.8 km
Distância de volta: 4.261 m
Voltas: 72 (em GPs)
Número de curvas: 13
Volta mais rápida: 1:17.578 (Nigel Mansell, Williams-Renault, 1992)

Vídeo do Dia: A magnifica volta de Nico Hulkemberg em Interlagos

A volta brilhante de Nico Hulkemberg que deu a ele a primeira pole-position em sua carreira na Formula 1.

Divulgado calendário da F-3 Européia


      A organização da Formula 3 Europeia divulgou seu Calendário Oficial
para a temporada 2011 da categoria. Assim como na temporada de 2010 o
campeonato terá nove etapas, sempre em regime de rodadas duplas.
      A categoria tenta ainda uma décima etapa, cuja negociação ainda não
foi concluída, entretanto. Assim a categoria poderia contar com as 10
etapas que fizeram parte da categoria desde 2005 até 2009.
      A maioria (sete) das etapas será composta de provas onde a F-3
Europeia servirá de suporte para o DTM.

Calendário 2011:
02-03/04: Le Castellet (França)
30-01/05: Hockenheim (Alemanha)
14-15/05: Zandvoort (Holanda)
04-05/06: Spielberg (Austria)
02-03/07: Norisring (Alemanha)
06-07/08: Nurburgring (Alemanha)
10-11/09: Silverstone (Inglaterra)
01-02/10: Valencia (Espanha)
22-23/10: Hockenheim (Alemanha)

sábado, 6 de novembro de 2010

Juan Villalonga patrocinará a Hispania em 2011



              Neste sábado de treino para o GP Brasil de F-1, José Ramón Carabante anunciou que Villalonga, ex-diretor executivo da Telefônica, patrocinará a equipe de Murcia na temporada de 2011.
             A equipe, que passa por apuros financeiros em sua temporada de estreia, está contando praticamente por toda a temporada com o dinheiro nipônico de Sakon Yamamoto e com os patrocínios que chegaram junto ao Bruno Senna. 
              Carabante disse que espera a chegada de mais patrocínios junto à chegada de Villalonga: “Vamos reforçar substancialmente nossa capacidade de gerar atividades inovadoras no marketing e patrocínio com sua incorporação”. Villalonga retribuiu dizendo que espera a equipe estável em relação aos investimentos à temporada 2011 e que a qualidade da tecnologia que por eles serão usadas é muito importante para o desenvolvimento da equipe.
               Outros rumores cercam a equipe em relação à temporada de 2011, como a contratação de dois novos pilotos. A chegada de Pedro de la Rosa parece certa, a segunda vaga estaria aberta para outro piloto, pagante ou não, como Nick Heidfield e Christian Klien. Há também rumores que já veem a tempo, como a compra da estrutura da fabrica e do modelo que seria usado pela Toyota na temporada de 2010, o que já seria um passo gigantesco para a equipe espanhola. Estaria assim, a Hispania mostrando que tem planos altos para continuar na Formula 1.

Foto do dia: Hulkemberg é pole em Interlagos

Zebra ou não, eis que o piloto Alemão fez um grande feito à Williams hoje....resta ver amanhã, no Grande Prêmio do Brasil, se ele sairá tão bem quanto hoje no treino.