Em 1º de novembro de 1962, há 48 anos, o mundo do automobilismo perdia o talento do jovem e promissor piloto mexicano
No início dos anos 60, dois jovens latinos, irmãos, chegaram à Fòrmula 1 e escreveram seus nomes na lista dos grandes pilotos da história da categoria. O mais novo deles, Ricardo Rodriguez, apesar de ter disputado poucas corridas e morrido muito jovem, imortalizou-se como um dos maiores representantes que o México já teve no automobilismo mundial.
Ricardo Rodriguez de la Vega nasceu na Cidade do México, em 14 de fevereiro de 1942, e, desde muito jovem, estimulado pelo pai e tendo como companheiro o irmão Pedro, Ricardo participou de corridas de motociclismo (tendo conquistado várias vitórias e títulos no México). Mais tarde, a bordo de um Fiat Topolino, passou a chamar atenção também sobre quatro rodas. Estreou no automobilismo internacional numa corrida em Riverside, a bordo de um Porsche RS, saindo vitorioso.
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Em 1957, após vencer em Riverside |
Tentou disputar as 24h de Le Mans em 1956, mas, com apenas 14 anos, foi impedido pela organização. Quatro anos mais tarde, juntamente com o belga André Pillete, terminou a competição um ótimo segundo lugar.
Impressionada com o desempenho do jovem mexicano, a Ferrari oferece a Rodriguez a oportunidade de disputar o GP da Itália de 1961, em Monza. E ele não decepciona: marca o 2º tempo no treino de classificação, disputa as primeiras posições com pilotos experientes como Phil Hill e Richie Ginther, mas abandona a corrida na volta 13, com problemas na bomba de combustível.
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1962, Spa-Francorchamps |
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Vencedores da Targa Florio em 1962: Rodriguez, Gendebien e Mairesse |
Naquele ano seria disputada, pela primeira vez, uma corrida extra-campeonato no México, no circuito de Magdalena Mixhuca. Muitos pilotos, inclusive de equipes de ponta, manifestaram interesse no evento, mas a Ferrari, apesar de Rodriguez estar ansioso por correr em casa, preferiu não participar. Ricardo, então, decidiu correr com um Lotus 24.
Logo nos primeiros treinos, porém, enquanto contornava a temida curva Peraltada, os freios do Lotus falharam e Ricardo saiu da pista em alta velocidade, batendo fortemente contra o muro de contenção. O atendimento precário e a gravidade dos ferimentos levaram a jovem promessa a falecer.
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Antes do acidente fatal |
Anos depois, em homenagem a Ricardo e Pedro Rodriguez, o autódromo de Magdalena Mixhuca foi rebatizado para Autódromo Hermanos Rodriguez.
Alguns números da carreira de Ricardo Rodriguez:
Grandes Prêmios disputados: 5
Pontos conquistados: 4
Melhor posição de largada: GP da Itália de 1961, 2º lugar
Melhor resultado: GP da Bélgica de 1962, 4º lugar
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