segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mural - Ricardo Rodriguez


Em 1º de novembro de 1962, há 48 anos, o mundo do automobilismo perdia o talento do jovem e promissor piloto mexicano


No início dos anos 60, dois jovens latinos, irmãos, chegaram à Fòrmula 1 e escreveram seus nomes na lista dos grandes pilotos da história da categoria. O mais novo deles, Ricardo Rodriguez, apesar de ter disputado poucas corridas e morrido muito jovem, imortalizou-se como um dos maiores representantes que o México já teve no automobilismo mundial.

Ricardo Rodriguez de la Vega nasceu na Cidade do México, em 14 de fevereiro de 1942, e, desde muito jovem, estimulado pelo pai e tendo como companheiro o irmão Pedro, Ricardo participou de corridas de motociclismo (tendo conquistado várias vitórias e títulos no México). Mais tarde, a bordo de um Fiat Topolino, passou a chamar atenção também sobre quatro rodas. Estreou no automobilismo internacional numa corrida em Riverside, a bordo de um Porsche RS, saindo vitorioso.

Em 1957, após vencer em Riverside

Tentou disputar as 24h de Le Mans em 1956, mas, com apenas 14 anos, foi impedido pela organização. Quatro anos mais tarde, juntamente com o belga André Pillete, terminou a competição um ótimo segundo lugar.

Impressionada com o desempenho do jovem mexicano, a Ferrari oferece a Rodriguez a oportunidade de disputar o GP da Itália de 1961, em Monza. E ele não decepciona: marca o 2º tempo no treino de classificação, disputa as primeiras posições com pilotos experientes como Phil Hill e Richie Ginther, mas abandona a corrida na volta 13, com problemas na bomba de combustível.

1962, Spa-Francorchamps
A ótima performance em Monza garante a Ricardo um lugar para correr em 1962. Por ser muito novo, a Ferrari não permitiu ao jovem mexicano participar de todas as corridas, tendo disputado 4 GPs naquele ano e conseguido na Bélgica a sua melhor colocação (4º). Rodriguez continuou participando de outras competições e venceu a Targa Florio, importante corrida da época, ao lado do lendário Olivier Gendebien e de Willy Mairesse.


Vencedores da Targa Florio em 1962:
Rodriguez, Gendebien e Mairesse

Naquele ano seria disputada, pela primeira vez, uma corrida extra-campeonato no México, no circuito de Magdalena Mixhuca. Muitos pilotos, inclusive de equipes de ponta, manifestaram interesse no evento, mas a Ferrari, apesar de Rodriguez estar ansioso por correr em casa, preferiu não participar. Ricardo, então, decidiu correr com um Lotus 24.



Logo nos primeiros treinos, porém, enquanto contornava a temida curva Peraltada, os freios do Lotus falharam e Ricardo saiu da pista em alta velocidade, batendo fortemente contra o muro de contenção. O atendimento precário e a gravidade dos ferimentos levaram a jovem promessa a falecer.

Antes do acidente fatal
A morte de Ricardo Rodriguez causou enorme comoção no México e no mundo do automobilismo, especialmente porque o jovem piloto era tido como uma grande promessa. Seu irmão Pedro, muito abalado, cogitou abandonar as pistas, mas acabou continuando a correr e teve uma brilhante carreira, até falecer anos depois, também num acidente.

Anos depois, em homenagem a Ricardo e Pedro Rodriguez, o autódromo de Magdalena Mixhuca foi rebatizado para Autódromo Hermanos Rodriguez.


Alguns números da carreira de Ricardo Rodriguez:

Grandes Prêmios disputados: 5
Pontos conquistados: 4
Melhor posição de largada: GP da Itália de 1961, 2º lugar
Melhor resultado: GP da Bélgica de 1962, 4º lugar

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